Durante muito tempo, usei o termo Dominador Super Categoria para nomear um tipo muito específico de dominante. Um que ia além da estética, da prática ocasional e da pose nas redes sociais. Um dominante que vivia a hierarquia como estrutura de vida, e não como fetiche de fim de semana.
Esse conceito foi importante — e ainda é. Ele ajudou a separar, com clareza, quem está realmente comprometido com a arte de dominar de quem só brinca de mandar. Mas como toda filosofia viva, que se aperfeiçoa com o tempo e a experiência, chegou o momento de afinar esse entendimento.
Hoje, essa ideia se ramifica e amadurece em dois novos termos, que expressam com mais precisão a jornada evolutiva dentro das Relações de Poder: o Dominador Puro e o Dominador Sênior.
O Dominador Puro: O Que Escolheu o Caminho
O Dominador Puro é aquele que, independentemente da idade ou tempo de prática, escolheu o Caminho do Dominador. E quando falo em Caminho, não é sobre uma lista de técnicas ou um calendário de sessões. É sobre um modo de estar no mundo, de se relacionar com poder, com hierarquia e com responsabilidade.
O Dominador Puro não domina para realizar fetiches. Ele domina porque isso faz parte da sua estrutura interna. Ele domina por essência — não por conveniência. Seu prazer está na construção do outro, na condução das dinâmicas, no exercício constante da autoridade com consciência.
Ele não precisa ser perfeito. Ele não precisa ser infalível. Mas ele precisa ser verdadeiro. E ele é.
O Dominador Puro ainda está em processo. Ainda busca, ainda tropeça, ainda aprende. Mas carrega consigo o compromisso com a integridade da hierarquia que exerce. E isso o diferencia completamente dos tops performáticos ou dominantes de ocasião.
Ele não apenas “faz dominação”. Ele é dominador.
O Dominador Sênior: Quando o Caminho Exige Que Você Compartilhe
O tempo passa. As relações se aprofundam. As práticas evoluem. E um dia, aquele Dominador Puro percebe que o Caminho já não é mais apenas sobre si mesmo. É sobre o que ele carrega. Sobre o que ele aprendeu. Sobre como ele pode inspirar e orientar os outros que estão começando a trilhar a mesma estrada.
É nesse momento que nasce o Dominador Sênior.
Sênior, aqui, não é sinônimo de idade. É sinônimo de consistência e maturidade. De alguém que compreendeu a profundidade do que significa dominar — e que, agora, se sente pronto para guiar. Não como guru, não como dono da verdade, mas como referência viva de um Caminho possível.
O Dominador Sênior não busca seguidores. Ele desperta consciências. Ele sabe que não existe dominação sem responsabilidade, e que quem ocupa o topo da hierarquia precisa, mais do que tudo, saber sustentar o outro — emocionalmente, psicologicamente, filosoficamente.
O Sênior é aquele que inspira não pelo que exibe, mas pelo que sustenta.
A Transição Necessária: Do Super Categoria ao Caminho do Dominador
O termo Super Categoria não está morto. Ele cumpriu (e ainda cumpre) um papel essencial na formação de muitos. Mas ao longo do tempo, percebi que classificar alguém como “super categoria” soa como um ponto de chegada fixo. E esse é um erro perigoso. Porque o Caminho do Dominador nunca tem um fim. Nunca se domina tudo. Nunca se sabe o suficiente.
Assim, a substituição do termo não é uma negação — é um refinamento. Agora, em vez de termos um “tipo fixo” de dominador elevado, passamos a reconhecer que existem estágios de profundidade dentro do Caminho. E que, para além da técnica e da performance, o que realmente importa é a estrutura ética e hierárquica com que se vive a dominação.
O Dominador Puro é o que vive a hierarquia.
O Dominador Sênior é o que transborda a hierarquia.
E isso, meu caro leitor, nenhuma foto com chicote ou discurso decorado no Instagram vai ensinar.
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